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Arquitetos: Santa-Cruz Arquitectura
- Área: 1345 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:David Frutos Photography
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Fabricantes: Cosentino, Aparici, Btizino, Carpintería Metálica Melga, Cement Design, Cortizo, Cristalería Marín, Fibercord, Finsa, Grohe, Mármoles San Javier, Roca, Weber
Descrição enviada pela equipe de projeto. Edifício de habitação coletiva que aborda a conciliação entre a conservação do patrimônio e a densificação a partir do enquadramento dos 3 pilares da sustentabilidade:
SUSTENTABILIDADE SOCIAL. Estratégia: Inicia-se com a preservação de um sóbrio edifício neoclássico do século XIX em estado de ruína, reconstruindo-o interiormente a fim de criar apartamentos para alugar e gerando dois novos níveis para habitações próprias, o que confere ao ambiente uma nova perspectiva na qual o antigo e o contemporâneo convivem em simbiose. Um modelo residencial misto que dinamiza e diversifica o perfil social de um bairro com alta densidade populacional.
Identidade: Ligando-se ao lema da cidade "Priscas novissima exaltar et amor" ("Exaltar e amar o antigo e o novo"), os elementos emblemáticos do edifício pré-existente são preservados e valorizados, adaptando-os às necessidades e domesticidade contemporâneas.
Equidade: Equilibrar a qualidade dos espaços alugados e das habitações privadas, evitando a hierarquização do regime de propriedade através de um desenho inclusivo que responda a diferentes residentes e necessidades.
Trabalho manual e industrialização local: Explorando o ornamento e o trabalho manual através de novas técnicas industriais e introduzindo uma reinterpretação contemporânea, estabelece-se um diálogo com elementos artesanais pré-existentes. Na extensão, o tramado de cordas no andar superior ou de aço inoxidável polido no primeiro andar são feitos manualmente por comerciantes locais.
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL. Biofilia. De forma a recuperar uma relação ecológica com a natureza que favoreça o bem-estar, incorporam-se infraestruturas ligadas ao cuidado da vegetação interior e exterior, bem como a utilização de materiais naturais, efeitos e cores que a evoquem. A cobertura do edifício culmina em terraços ajardinados de espécies nativas, com o objetivo de promover a biodiversidade e reduzir o efeito de ilha de calor na cidade.
Bioclimatismo. Para reduzir o consumo energético, são utilizadas várias soluções bioclimáticas, como a combinação do SATE com a inércia térmica das antigas paredes, a renovação das esquadrias com sistema de ruptura de ponte térmica, ou a proteção solar, resolvida com persianas exteriores tradicionais na edificação existente e com elementos únicos na nova ampliação.
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA. Desde a eficiência energética, com a redução de consumo, eficiência de recursos, aproveitamento e reabilitação de uma construção pré-existente ou a economia local, evitando custos derivados dos transportes e contribuindo para melhorar a economia da região.